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Mostrando postagens de fevereiro 21, 2014

- quartinho dos fundos

Em certo capítulo do passado, eu assumo: tive dúvidas. Tive medo também. Mas quem é que não tem? Quem é que nunca teve que respirar fundo perante uma encruzilhada emocional? Não sei se graças à imaturidade que havia em mim – e que naturalmente ainda há – ou se devido à ganância que o mundo adulto me ensinou a ter, só sei que, em algum momento já ultrapassado, eu não soube dizer, a mim mesmo, em qual cômodo do meu coração eu alojaria você. Juro que eu não sabia. Não fiz por mal. Entregar-lhe o quarto principal, aquele que pouquíssimos tiveram o privilégio de usar, pareceu-me demasiadamente precoce e arriscado. Afinal, aquele lugar – para mim – sempre foi – e ainda é – sinônimo de coisa extremamente séria. Por outro lado, dar-lhe apenas a chave do quartinho dos fundos – aquele com colchão no chão, ventilador pifado e sem janelas – pareceu-me algo pequeno demais para o que eu já sentia por você. Então, enquanto eu respirava fundo e buscava, nos detalhes da nossa crescente convivência, a